Por que separar 40 dias de consagração?
Nossa vida é marcada por estações. Até mesmo na natureza vemos esses períodos distintos. Parece que Deus, sabendo que somos necessitados de marcas, alvos, períodos de tempo determinados, fez o dia durar apenas 24 horas, para que sempre tivéssemos a chance de recomeçar. Por isso, gosto muito de marcar períodos especiais de consagração da minha vida a Deus. Essa prática tem me ajudado na minha jornada espiritual.
40 dias foi o período de tempo que Jesus separou para estar a sós com o Pai no deserto. Ali, foi tentado pelo diabo e venceu, no poder da Palavra que habitava ricamente em Seu coração. E foi depois destes 40 dias que o Senhor iniciou Seu ministério público, e a glória do Pai Se manifestava através dEle. A prática do jejum deve fazer parte da vida cristão, pois o Senhor disse “e quando orardes” e “quando jejuardes” Mt6. Ninguém questiona se a oração deve fazer parte da nossa vida, mas, infelizmente, muitos cristãos jamais experimentaram jejuar. Falando sobre o poder que há no jejum, Jesus repreendeu seus discípulos, que não conseguiram libertar uma pessoa advertindo-os: “esta casta só sai com jejum e oração” Mt17:21.
Para nós, cristãos espalhados pelo mundo inteiro, os 40 dias que antecedem a celebração da Páscoa, se tornaram um período especialmente separado para uma consagração mais profunda da vida a Deus. Assim como Jesus fez, é um tempo de confronto conosco mesmos, com nosso coração, e com nosso adversário. Assim como Jesus venceu, deveremos estar enchendo-nos com a Palavra de Deus para prevalecer. Ao final deste tempo também teremos mais da gloriosa presença do Pai Se manifestando através das nossas vidas.
O jejum pode ser de vários tipos, mas deve ser sempre acompanhado de oração e da Palavra de Deus, senão, será apenas uma dieta. Cada pessoa precisa decidir diante de Deus como vai jejuar. Há o jejum total, que exige a diminuição das atividades, e seria ideal em um retiro, como Jesus fez. Há o jejum líquido, em que a pessoa só se alimenta de sucos, sopas batidas. Há o jejum de delícias, em que a pessoa tira do cardápio algumas coisas que gosta, a fim de dominar sua vontade e fortalecer o homem interior, que tem fome de Deus. O “jejum de Daniel” é um exemplo bíblico assim, pois ele comeu apenas legumes, verduras e frutas. Tem gente que elimina uma das refeições, que jejua durante o dia entregando o jejum à noite.
Alguns benefícios serão:
-Intensificação das tentações, provando você, até que enfim haja vitória nessas áreas;
-Mais poder espiritual, quebrando cadeias em sua vida e na vida de outros por quem orar/ liberação de bênçãos antes retidas sobre sua vida e de outros ao seu redor/ situações resolvidas antes sem solução/ relacionamentos curados através do quebrantamento trazido pelo jejum e quebra dos poderes das trevas
-Mente mais limpa, aguçada, tanto para o raciocínio, estudo, tomada de decisões, quanto para o discernimento espiritual/ sensibilidade espiritual/ facilidade para ouvir Deus;
-Bem estar físico, emocional e espiritual;
Enfim, há inúmeras maneiras de jejuar. Decida por um jejum que você consiga cumprir, até o fim dos 40 dias, e verá os benefícios desta prática espiritual tão importante em sua vida! Ao final, na Páscoa, celebraremos a vitória do Senhor Jesus ressurreto!